O Velho e o Novo

As coisas mudam. Velhos hábitos vão se tornando obsoletos e terminam por não ter mais nenhum sentido frente as novidades que se avolumam. Tantos exemplos de coisas comuns no passado e que hoje só fazem parte da história. Profissões que deixaram de existir ou que sobrevivem com muitas dificuldades com outras no entanto surgido a cada dia. Mudanças no vestuário e nos costumes geralmente são gradativas e melhor percebidas numa análise restrospectiva. As mudanças proporciondas pela tecnologia no entanto, podem ser bem mais rápidas e as vezes impensáveis.
Falo isso, devido a notícia que li sobre a decisão do estado de Indiana, e que pode ser seguida por outros 40 estados americanos, de tornar inicialmente opcional, e futuramente suprimido, o ensino da letra cursiva (aquela que se escreve à mão, de carreirinha como diria Zeca Diabo, personagem da peça teatral Odorico, o Bem-Amado de Dias Gomes depois transformada em novela e filme).
A motivação para tal decisão é que é mais produtivo se concentrar no aprendizado das letras bastão (de forma), já que hoje com os computadores, notebooks, tablets, celulares, e-mails e torpedos não há mais necessidade de se escrever com caneta e papel.
Obviamente, essa polêmica desição encontra muitos opositores, e eu acredito ainda dará "muito pano pra manga", até ser definitivamente posta em prática, ou não (como diria Caetano Veloso).


Independente do que aconteça realmente no futuro, o fato interessante para mim é que até aqui era simplesmente inimaginável pensar que o ato de escrever pudesse ficar no passado como ficaram a caneta tinteiro e os cursos de caligrafia.
Eu poderia estar comemorando, já que minha letra não é das mais bonitas e aqui no teclado esse fato pode ser dissimulado. Mais apesar disso, eu não estou confortável com a possível mudança. Como ficaria a nossa assinatura? (quem não escreve não assina). Talvez uma representação gráfica, um Avatar. Você já tem o seu?



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